Filha adotiva, passei a fazer parte da família que me criou aos 11 meses. Entretanto, minha história começou com uma outra família: a biológica. O problema é que eu não sabia quais peças faltavam nesse quebra-cabeças.

   Sempre tive a sensação de que algo faltava na minha história. Algo que precisava ser mais explorado, sem tabus e medo de chocar ao falar sobre o tema: a minha adoção.

   No início do projeto, conhecer meus pais biológicos não fazia parte da minha realidade, entretanto isso mudou após me permitir entender mais sobre o tema. Após essa mudança de sentimento, tornou-se uma necessidade crescente conhecer mais a minha história, que veio a atingir seu ápice ao me deparar com essa oportunidade de unir o útil ao agradável.

   Foi assim que surgiu a ideia de produzir um espaço para tratar sobre o tema, trocar experiências com filhos e pais adotivos, além de coletar entrevistas com pessoas da área, seja psicólogos, seja assistentes sociais envolvidos.

   Mesmo tendo surgido pensando apenas na minha experiência, o objetivo principal é, quem sabe, ajudar outros filhos, pais e futuros pais adotivos a entenderem um pouco mais sobre a adoção.

   É ajudar a compreenderem as diferentes nuances da adoção, ao mesmo tempo que eu passo a compreender também.