Relato: Andréa, mãe adotiva

"As pessoas tem muito medo do preconceito, que geralmente nem acontece."

O relato abaixo foi enviado por Andréa. O texto foi modificado para compreensão, porém segue fiel ao conteúdo disponibilizado. Todas as fotos foram cedidas pelas mães e autorizadas para uso.

A adoção

Meu nome é Andréa, moro em Mogi Guaçu SP, tenho 38 anos e sou casada com a Valéria, que tem 44 anos. Estamos juntas há 3 anos e somos casadas. Temos cinco filhos no total.

Tenho meu filho biológico, Bruno, de 8 anos. Embora ele seja biologicamente meu, foi criado por nós duas. Já minha esposa, tem o Lucas, também biológico, de 28 anos, que mora em outra cidade.

Adotamos há quase dois meses um grupo de irmãos: Sthefany, de 15 anos, Cauã de 11 e Nelly de 4 anos, totalizando quatro crianças na nossa casa.

Nosso processo foi bem tranquilo e rápido, encontramos nossos filhos através de Busca Ativa no Facebook. (Nota do Diário: Esse processo visa facilitar a adoção de crianças e adolescentes "de difícil colocação", ou seja, crianças mais velhas, grupos de irmãos que não podem ser separados, ou crianças e adolescentes com deficiências físicas e/ou mentais).

As crianças são de Sorocaba, atualmente já temos a Guarda provisória e demos entrada na adoção. Nosso perfil sempre foi de adoção tardia e tem sido tudo bem tranquilo até agora na adaptação deles.

Quanto ao fato de ser uma adoção homoparental, não sofremos nenhuma dificuldade, muito pelo contrário, fomos tratadas com muito carinho pela equipe técnica das duas comarcas. A psicóloga do fórum, inclusive, relatou nossa história de uma forma linda.

Tenho a dizer, para casais homoafetivos que buscam uma adoção, que não tenham receio quanto ao processo, eu vejo muito essa dúvida nos grupos de adoção. As pessoas tem muito medo do preconceito, que geralmente nem acontece.

Andréa, para o Diário de Adoção.