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Relato: Thaynara Amaral, filha adotiva

  • Foto do escritor: Diário de Adoção
    Diário de Adoção
  • 14 de dez. de 2017
  • 2 min de leitura

Atualizado: 25 de jan. de 2018

"Deus sabe muito bem o que faz e, talvez se eu não tivesse sido adotada, poderia estar morta ou vivendo uma vida marginalizada..."


O relato abaixo foi enviado por Thaynara Amaral, filha adotiva, após contato via Facebook. O texto foi modificado para compreensão, porém segue fiel ao conteúdo enviado por ela. Nenhuma foto foi enviada junto com o conteúdo, para preservar a privacidade.



O antes

Meu nome é Thaynara Amaral, tenho 22 anos e moro em Teresina, Piauí. Venho de uma família de vida difícil, pois meus pais eram usuários de droga, além de comercializarem também.

Por conta do uso de drogas que minha mãe fazia no período que estava grávida, nasci aos sete meses, prematura e com deficiência. Tive paralisia cerebral e passei três meses internada com pneumonia.


A adoção

O meu pai biológico era vizinho da minha mãe adotiva e assim que eu nasci, ele pediu para que ela fosse minha madrinha. Até então a minha "madrinha" cuidava de tudo: despesas do hospital, fralda, leite, roupas, remédios: enfim, me sustentava...

No início, eu passava os finais de semana com os meus pais e os outros dias com a minha "madrinha". Esse vai e vem durou quatro meses, até que minha mãe biológica decidiu dar a minha guarda para a minha "madrinha".


O depois

Os anos se passaram e o contato com a minha mãe biológica foi se perdendo e eu minha nova família seguimos a vida. Tudo sempre foi muito difícil para mim, só consegui começar a andar aos cinco anos, com ajuda de muita fisioterapia. Para escola só fui aos sete anos e vivi uma infância em clínicas em hospitais.

Minha mãe adotiva deixou bem claro que "não era minha mãe de verdade" e sempre quis que eu não perdesse o contato com meus irmãos biológicos, que são mais de dezessete, mas eu não faço tanta questão, nunca me importei.


A relação e o preconceito

Minha família adotiva é negra e eu sou bem branquinha e, por esse motivo, sempre ouvi piadinha na rua, tanto por ser deficiente, quanto pelos meus pais terem uma cor de pele diferente da minha, mesmo assim eu sou muito orgulhosa da minha história e da família que tenho hoje.

Deus sabe muito bem o que faz e, talvez se eu não tivesse sido adotada, poderia estar morta ou vivendo uma vida marginalizada. Cheguei Janaína, hoje eu sou com muito orgulho Thaynara Amaral, uma mulher que tem a absoluta certeza de que não importa o que você tenha passado na vida, escolher seguir o bem é sempre o melhor caminho.


Thaynara Amaral, para o Diário de Adoção.

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